Sinto muito (a mim mesma)

Ainda me encontro aprendendo a desbravar os meandros do meu próprio ser. Cada passo revela novos desafios e, por vezes, a dor ainda me visita com firmeza. Sinto muito (a mim mesma), mas confesso que não sei ainda como me defender completamente.

A risada é muito mais do que um simples som escapando dos meus lábios. É uma salvaguarda, um refúgio íntimo que encontro em meio às angústias que a existência me apresenta. Ela se tornou um mecanismo engenhoso de esquecimento, uma ferramenta delicada para prevenir que feridas mais profundas possam se instalar em minha alma.

Não é apenas uma artimanha para evitar situações desconfortáveis ou manter a fachada de uma personalidade simpática e maleável. A verdade é que essa risada é a minha forma de me resguardar, de me proteger dos conflitos internos que ameaçam me perturbar. Ela é um abraço ao meu próprio eu, uma carícia no âmago da minha vulnerabilidade.